A AMAZUL esteve presente na 3ª Conferência Internacional sobre Aplicações da Ciência e Tecnologia da Radiação (ICARST-2025), realizada pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) de 7 a 11 de abril em Viena, na Áustria.

A conferência reuniu especialistas do meio acadêmico e industrial para discutir os mais recentes avanços na área e traçar caminhos para adoção de tecnologias de radiação que contribuam para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU). 

A AMAZUL foi representada no evento pelo engenheiro nuclear Vanderlei Junior e o engenheiro de instrumentação e controle Eduardo da Fonseca Pereira, que atuam na Diretoria Técnica. “O ICARST permitiu ter acesso a experiências, avanços técnicos e modelos de operação aplicáveis ao nosso contexto, além de ampliar nossa visibilidade como empresa estratégica no setor nuclear brasileiro”, conta Vanderlei.

Irradiação de alimentos

A conferência mostrou os avanços da irradiação em diversas aplicações, como conservação de alimentos, insumos médicos, controle de pragas, esterilização, preservação de materiais, entre outras. No evento, Eduardo Pereira apresentou um pôster sobre a atuação da AMAZUL para viabilizar a instalação de um centro de irradiação de alimentos no País. O pôster foi elaborado pelo engenheiro em conjunto com o colega Vanderlei e o Supervisor de Proteção Radiológica da AMAZUL, Eros Carbi. “Pudemos reforçar e atualizar o entendimento sobre as melhores práticas, requisitos técnicos, tendências regulatórias e oportunidades de inovação, contribuindo para o desenvolvimento do nosso projeto”, diz Eduardo.

Destaques

Para os engenheiros, um dos destaques do ICARST 2025 foi a apresentação do diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), Wilson Calvo, sobre o progresso no desenvolvimento de uma unidade móvel de tratamento de águas residuais utilizando irradiadores. “A iniciativa demonstra uma aplicação inovadora da tecnologia no Brasil, reforçando o potencial da irradiação para além da área de alimentos e abrindo possibilidades para futuros projetos dentro da AMAZUL”, informa Vanderlei.

Para Eduardo, a palestra do professor dr. Suresh Pillai, da Texas A&M University, levantou outra questão relevante, como a degradação dos produtos químicos eternos, chamados de PFAS, por meio de tecnologias baseadas em radiação. Os PFAS são substâncias químicas sintéticas usadas em processos industriais e produtos de consumo que podem levar centenas ou até milhares de ano para se degradar. “Ele abordou como essa tecnologia pode ser utilizada para enfrentar desafios ambientais que os métodos tradicionais não conseguem resolver, como é o caso dos sistemas tradicionais de tratamento de efluentes”, diz o engenheiro.

No último dia do ICARST, os engenheiros visitaram dois laboratórios da AIEA na cidade de Seibersdorf, um voltado ao controle de natalidade de insetos-praga, utilizando a técnica do inseto estéril, e outro relacionado a ensaios não destrutivos.